Com o retorno às atividades escolares definido, os pais devem ficar atentos à atualização das vacinas de seus filhos – é o que orienta a pediatra do Ghanem Laboratório, Myrna Campagnoli. “A volta às aulas exige atenção redobrada com a vacinação das crianças. Mesmo que ainda não tenhamos a vacina contra o coronavírus, as outras vacinas são essenciais para a saúde das crianças e adolescentes”.
Em queda há cinco anos, as coberturas vacinais não atingem nenhuma meta no calendário infantil desde 2018, segundo o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde. As últimas metas de imunização para o público infantil atingidas no país foram em 2018: 99,72% para a BCG, e 91,33% para o rotavírus humano. A meta de superar os 90%, para ambas, não foi atingida em 2019, apesar de terem continuado acima dos 80%, nem em 2020: a taxa de imunização da BCG foi de 63,88% e do rotavírus de 68,46%.
A maior cobertura atingida no calendário infantil até outubro de 2020 foi na vacina Pneumocócica, com 71,98%. Em 2019, essa mesma vacina chegou a 88,59% do público-alvo. Entre as 15 vacinas do calendário infantil, o que inclui a segunda dose da Tríplice Viral, metade não bate as metas desde 2015, o que inclui a vacina contra poliomielite.
Entre as vacinas importantes estão a tríplice bacteriana (DTP/DTPa – difteria, tétano, coqueluche), poliomielite, influenza (gripe), tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), varicela (catapora) e meningocócica.
Os adolescentes também precisam atualizar a carteirinha e se prevenir. A médica lembra que na faixa de nove a 14 anos a vacina do HPV é importante para a prevenção do câncer de colo de útero e outros tipos. O Ministério da Saúde orienta a vacinação das crianças de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações (PNI). Já a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) e a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) possuem calendários de vacinação com recomendações que complementam o PNI, e incluem outras vacinas para a proteção de crianças e jovens.