Monstro
Não bastasse as consequências sociais da pandemia por si só, há “seres” que conseguem piorar o cenário. Recebi num grupo de pais. Passaram a circular pela rede social “Tik Tok” vídeos assinado pelo perfil Henry Walnut (@henrytado) em que o usuário usa de recursos de edição para se mascarar de Elza (Frozen) na tentativa de atingir o público infantil. O propósito é nefasto. Induz a “duas brincadeiras” repugnantes “a serviço de Satã”. Ele, indiscutivelmente, está.
Incita
Num dos vídeos o monstro incita as crianças a andarem com uma vela por dentro da casa invocando o mal. Em outro, a desenhar em culto ao demônio. Fica aqui o alerta. E o pedido de providências contra a rede e o usuário. A polícia já foi comunicada. Se você, pai ou mãe, tem essa rede instalada, redobre a atenção.
Cuidar
Estamos mais vulneráveis diante de um período em que, não há jeito, dentro de casa acabamos cedendo ao uso da tecnologia para entreter os pequenos. Essa rede Tik Tok (não a uso) já esteve envolta em outras polêmicas. Todo cuidado é pouco. Esse invasor já foi denunciado e, esperamos, seja identificado e punido. Não faltava mais nada.
Tínhamos
Eu informei aqui na coluna passada sobre a boa iniciativa da prefeitura de União da Vitória em construir um centro de eventos na área devoluta da RFFSA, ali entre as rodoviárias de PUV. Isso me fez recordar minhas considerações, na década de 1990, quando assinava a Coluna Radar do O Comércio, época em que eu propunha a criação da Festa Nacional do Steinhaeger e, para tal, sugeria o aproveitamento como um espaço de eventos daqueles barracões das garagens, que assim que a Coamo deixou “o porto seco” clamavam por preservação antes de ruírem.
Equívocos
O impacto de decisões político-administrativas no cotidiano de Porto União da Vitória é algo que precisa ser mais bem observado. Há acertos, mas muitos equívocos e desperdícios. Isso se faz necessário porque esse lugar aqui é único e ainda resguarda um pouco de potencial para alavancar pós-pandemia (que essa era chegue logo). Um exemplo é a escolha dos políticos em outubro de 2016, quando optaram pela linha férrea como marco de divisa dos estados. Bonito e turístico. Mas trouxe suas consequências negativas.
Linguiça
Além de proporcionar uma “guerra da linguiça”* constante, a opção pela linha deixou a área urbana de União da Vitória limitada. Desse modo, aos poucos, a população se viu “obrigada” a expandir a cidade para a área da “Lagoa Preta”, ocupando um setor de alagamentos sazonais. Isso ficou acelerado depois que a “Ponte Nova” (Manoel Ribas) foi construída onde está (e de frente para um morro) por birra política daquele que lhe empresta o nome com a família Amazonas.
Filé mignon
Desde que as terceirizações da malha da RFFSA começaram a sucumbir diante de um esforço nacional para desmotivar o setor ferroviário – essa é a verdade -, as áreas nobres que são o filé mignon das Gêmeas do Iguaçu passaram a ser ocupadas de odo desconexo por inciativas privadas de exploração imobiliária e públicas. Sem um projeto que tenha melhor aproveitado o que herdamos da União, vieram as tentativas isoladas do Bis-Bus, da ponte férrea sem os trilhos de ferro e a ocupação predial que, em alguns pontos, impede que hoje, quando vivemos um fluxo de veículos inimaginável em 1916, possamos desenvolver um eixo rodoviário urbano capaz de “corrigir” linhas mal traçadas do passado.
Prova
Prova é a atual e mais recente Ponte José Richa, outro acesso com nome de político que União da Vitória tem (Porto União tem ponte. Tem ¼ da ex-ponte férrea Machado da Costa). Se observarmos o lado da nova ponte em São Cristóvão, veremos que a ocupação foi mais adequada e feliz por meio das obras de arte e acessos devido à realidade de baixa ocupação urbana. Já na cabeceira central, vemos que as coisas não são tão eficazes e o rush do trânsito parece ter mudado de endereço.
Olhar
Assim, ao que restou dessa imensa e importante área devoluta da RFFSA e que está aí, unindo as cidades irmãs, é importante um olhar sempre mais longínquo sim. Afinal, quando não estaremos mais aqui para nos defender, o que nossas decisões de ocupação terão impactado na vida de nossos herdeiros?
* Linguiça
Usei este tempo porque recordei de um impasse fiscal e burocrático na década de 2000 quando havia a proibição de venda de embutidos catarinenses em território paranaense aqui nas Gêmeas. Se observarmos valores de alugueis, imóveis (e suas taxas…), além de outros “emolumentos” veremos que ainda resta o cheiro da defumação.
Não concordo
Um decreto unificado da Grande Florianópolis que começou a valer nesta ontem (16), já sofreu alterações na Capital. Agora, a permanência e circulação de pessoas em praias, parques e praças está permitida das 06h01 às 17h59 durante a semana. Então, sigo reivindicando que se fechem pontos turísticos em primeiro lugar. Só está assim porque esses municípios dependem da receita do turismo. Mas pergunto, qual a lógica de se propor lockdown para o comércio com as praias abertas?
Morro da Cruz, 17 de março de 2021