Na edição da semana passada (213, em 24 de novembro), o A2 trouxe a versão de Maris Stela da Luz Stelmachuk para o surgimento do tão tradicional “xixo” local. O historiador, escritor e gourmet Luiz Sérgio Buch, assíduo leitor do A2, lendo a matéria aceitou o convite e trouxe seu relato a respeito do petisco.
Em visita à redação na semana passada, entregou sua colaboração e aproveito para adquirir o livro “Minha Caixa Preta”, que conta sobre os 25 anos de jornalismo de Marcelo Storck.
Diz Luiz Sérgio:
“Ao Jornal A2
Prezada Maris Stela
Acredito que tenha sido assim mesmo, como você conta, o surgimento do “xixo”, esta iguaria típica das nossas cidades. É uma história bonita e tem que ser valorizada. Como fui citado no artigo “Um convite à história do xixo”, edição do dia 24 de novembro desse consagrado semanário, quero apenas colaborar na tradução da palavra árabe “SHISH”.
Segundo nosso amigo Juja, que lamentavelmente fez recentemente a viagem fora do combinado, esta palavra refere-se a “ESPETO”. Quando relacionada a espeto de carnes, só ou com legumes na composição, aí trata-se do “Shish Kebab”, prato da culinária árabe.
Encontrei na Enciclopédia Universal a palavra CHICHO s.m (Port.) — “Naco de carne que se tira da que está para ensacar e se assar, nas brasas”. Também no Aurélio, CHICHA, é uma iguaria de carne.
Já dizia o eminente professor Werno Kroetz do Colégio São José, quase indo à loucura, que Chicho escrevia-se com “CH”, mas prevaleceu em nossas festas a forma popular de escrever com dois “Xis”.
Observa-se, então, que também os produtores de salames e salsichas de outrora, utilizavam as sobras para assar em espetos. Acredito que a grande jogada dos nossos festeiros foi o fato de assarem os nacos de carne em espetos de arame com uma argola, que ficava pendurado acima do balcão da barraca, livrando as mãos para o copo e a degustação.
E mais! Introduziram assim, talvez sem saber, mais uma novidade da gastronomia que hoje é muito difundida, que é o “Finger Food”. Sem tirar a espetacular criatividade dos nossos festeiros que nos brindaram com esta iguaria, podemos afirmar que estamos diante de uma feliz e criativa coincidência gastronômica.
Parabéns pelo artigo!
Luiz Sérgio Buch”
Luiz Sérgio Buch aproveitou sua visita ao A2 para adquirir o livro “Minha Caixa Preta”, que conta sobre os 25 anos de jornalismo de Marcelo Storck. Recebeu seu exemplar autografado das mãos do autor.
Os alunos da oficina de teatro do Projeto Porto União Jovem Saudável, coordenado pela Secretaria de Saúde, realizaram na tarde de segunda-feira, (17.11.2014), uma apresentação teatral na escola Antonio Gonzaga, bairro Santa Rosa. O espetáculo foi apresentado para alguns alunos e professores do ensino fundamental, no pátio da escola, com a duração de pouco mais de 20 minutos, prendendo a atenção e emocionando os espectadores. Na peça, o grupo retrata sobre gravidez na adolescência, Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e uso de drogas por meio de uma linguagem bastante intensa e curiosa. Cada um dos aproximadamente 30 jovens atores tem uma breve participação nas cenas, abordando episódios do dia a dia na sociedade: uso de drogas, prostituição, alcoolismo, doenças, falta de respeito com os pais, comércio ilegal. “Discutimos as técnicas teatrais com o grupo, mas falamos muito também sobre a responsabilidade de cada um em ter como exemplo sua própria vida”, explica Lício Ferreira, professor e coordenador da oficina de teatro. Como o projeto está sendo concluído agora, ele será levado para o máximo de escolas possíveis, a fim de disseminar a mensagem da apresentação. Os resultados tem sido grandes e o grupo só está crescendo. “Começamos no ano passado com uns 10 alunos e hoje temos mais de 45 participantes”, diz Lício. Para o ano que vem ele pretende inovar. “Além de abrirmos mais vagas, queremos fazer um curta metragem enfocando o tema”, afirma.
O Espaço da Arte em Porto União prestou uma homenagem especial aos professores na noite de quarta-feira, (15.10.2014). Uma das salas do espaço ganhou o nome Professora Astrogilda de Mattos, educadora de grande destaque de Porto União.
A organização foi realizada pela também professora Ivanira Olbertz, que explicou que o nome da sala foi uma indicação de muitos amigos e aceito pela Prefeitura Municipal, pois engrandece a cultura de Porto União. “Ela dedicou 50 anos de sua vida ao magistério. Toda a sociedade local e a Prefeitura reconhecem o valor dessa professora. Devido a todos os predicativos que ela teve em vida na nossa cidade, mereceu o nome da sala. Ela também foi artista plástica de muito destaque”, disse.
Ela foi a responsável pela criação do escudo da bandeira de Porto União, durante o cinquentenário do município. “Isso aqui é um orgulho a mais por ela ter vivido conosco”, destaca a irmã de Astrogilda, Francisca, mostrando o livro Entrevista a Arte onde há explicações sobre a professora.
O espaço conta também com a exposição Mão do Mestre, composta por retratos de professores já falecidos, pintados a lápis por Mariana Martinely. A exposição permanece por 30 dias das 13h às 18h, todos os dias inclusive aos sábados.