Santa Catarina ultrapassou ontem (12) os 500 mil casos recuperados da Covid-19. O primeiro registro de paciente positivo foi confirmado no dia 12 de março. Até o momento, há 526.024 casos contabilizados. O estado segue com a menor taxa de letalidade do país, com 1,09%, seguido de Roraima(1,14%) e Tocantins (1,37%)
A primeira morte em decorrência da doença registrado no Estado foi em 25 de março. Atualmente, Santa Catarina contabiliza 5.707 mortes causadas pelo coronavírus.
O Governo do Estado vem ampliando a estrutura hospitalar existente. Nesta quarta-feira, o sistema SES Leitos aponta a existência de 752 leitos de UTI-Covid adulto ativos.
Como é feito o calculo de pacientes recuperados
A estimativa é realizada com base no tempo decorrido a partir do início dos sintomas e a evolução de cada caso. Entram no cálculo os pacientes que tiveram início de sintomas há pelo menos 14 dias, não evoluíram a óbito e não se encontram em internação hospitalar. Uma limitação a ser considerada nessa estimativa é o fato de ser possível a existência de pacientes que, mesmo se enquadrando nos critérios, ainda estejam em acompanhamento, assim como há a possibilidade de se atingir a recuperação antes do período de 14 dias.
Pesquisadores do Instituto D´Or diagnosticaram uma paciente reinfectada com o novo coronavírus (covid-19) na Bahia. A diferença de outras reinfecções, está no fato de ter sido o primeiro caso do mundo de alguém infectado novamente com a mutação denominada E484K.
A paciente tem 45 anos, e foi infectada uma vez em maio e outra em outubro. Nos dois episódios, a paciente não apresentou evolução para quadros mais graves. A reinfecção foi confirmada por meio de teste laboratorial RT-PCR.
Essa variante do novo coronavírus foi encontrada originalmente na África do Sul. Ela já havia sido identificada em um paciente no Rio de Janeiro. Mas foi a primeira vez em que apareceu em uma reinfecção.
Segundo os pesquisadores do Instituto D´Or, essa reinfecção tem sido vista com preocupação, pois traz alterações que podem criar obstáculos à ação dos anticorpos para o tratamento dos pacientes com o vírus.
“A descoberta serve de alerta e reforça a necessidade de manutenção das medidas de controle da pandemia, com distanciamento social e a necessidade de acelerar o processo de vacinação, para reduzir a possibilidade de circulação desta e de possíveis futuras linhagens que, ao acumular mutações, podem vir a se tornar mais infectantes, inclusive para indivíduos que já tiveram a doença”, alerta o pesquisador do instituto Bruno Solano.
O episódio foi analisado pelo Instituto D´Or em parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O estudo foi registrado pelos pesquisadores do instituto em um artigo científico.
O texto foi submetido à revista científica Lancet Infectious Diseases, periódico acadêmico renomado internacionalmente e que tem sido espaço de lançamento de diversos estudos sobre a pandemia. Informações da Agência Brasil.
O governador Carlos Massa Ratinho Junior afirmou ontem (7), em visita à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que a vacinação no Paraná deve começar em janeiro em profissionais de saúde e comunidades indígenas isoladas.
A campanha respeitará os critérios do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra a Covid-19 e as doses que ingressarem no Programa Nacional de Imunização (PNI).
“O Ministério da Saúde tem anunciado que a partir do dia 20 começa essa campanha de imunização em todo o território nacional”, ressaltou Ratinho Junior.
Ele destacou que haverá inclusive doses do imunizante desenvolvido pela Universidade de Oxford e pelo Laboratório AstraZeneca, e que no Brasil está sob responsabilidade da Fiocruz.
A Fiocruz informou que o protocolo de uso emergencial do imunizante será entregue à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta sexta-feira (8). Após a aprovação, o Paraná vai receber parte de 2 milhões de vacinas que serão importadas do Instituto Serum, um dos centros da AstraZeneca para a produção da vacina na Índia. As doses deverão ser as primeiras aplicadas no País, junto com a Coronavac/Butantan.
A Fiocruz vai protocolar o pedido de uso emergencial da vacina e, em paralelo, está encaminhando o processo do registro definitivo. O acordo com a farmacêutica inglesa prevê a disponibilização de 254 milhões de doses aos brasileiros nos próximos meses, sendo 210 milhões em 2021.
A distribuição será escalonada em 2 milhões de doses em janeiro, 4,5 milhões em fevereiro, 20 milhões em março, 26 milhões em abril, 59,9 milhões até julho e o restante no decorrer do segundo semestre. A previsão da entidade é de que toda a produção seja nacional até agosto.
Em informe publicado ontem (6) pela Secretaria de Estado da Saúde, o Paraná confirma mais 3.049 casos de Covid-19 e 78 mortes em decorrência da doença. Os dados acumulados do monitoramento mostram que o Estado soma 427.590 casos confirmados e 8.170 óbitos.
Os casos divulgados são de janeiro deste ano (2.291) e junho (3), julho (8), agosto (10), setembro (4), outubro (13), novembro (68) e dezembro (652) do ano passado.
A Secretaria Estadual informa que os 78 pacientes que faleceram são 35 mulheres e 43 homens, com idades que variam de 35 a 94 anos. Os óbitos ocorreram entre 02 de agosto a 06 de janeiro.
Os pacientes que foram a óbito residiam em São Mateus do Sul (8), Francisco Beltrão (7), Pinhais (7), Curitiba (6), Apucarana (5), Maringá (5), Sarandi (4), Foz do Iguaçu (3), São José dos Pinhais (3), Campina Grande do Sul (2), Guamiranga (2), Mamboré (2) e Ponta Grossa (2).
Os registros apontam ainda a morte de uma pessoa em cada um dos municípios de Antonina, Arapongas, Araruna, Assis Chateaubriand, Borrazópolis, Cambé, Cascavel, Colombo, Figueira, Irati, Itambé, Jacarezinho, Jataizinho, Novo Itacolomi, Ouro Verde do Oeste, Paranaguá, Paranavaí, Piraquara, Rolândia, Tamarana, Toledo e União da Vitória.
A Secretaria de Estado da Saúde publico a Resolução nº 013/2021, que determina a suspensão das cirurgias eletivas nas redes do Sistema Único de Saúde (SUS) e particular por mais 30 dias, considerando o crescimento de casos de Covid-19 e a ocupação de leitos de UTI e de enfermaria no Paraná.
“A pandemia segue impondo medidas restritivas, entre elas a de mantermos leitos, equipamentos, insumos e equipes profissionais priorizados para o atendimento de pacientes infectados pelo coronavírus. A suspensão é válida para todo o Estado”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.
A nova Resolução revoga a anterior, de nº 1412/2020, que já suspendia a realização das cirurgias eletivas entre 1º e 31 de dezembro de 2020.
A regra não se aplica aos procedimentos de cardiologia, oncologia e nefrologia e não se aplica a exames e procedimentos realizados em âmbito laboratorial que, a critério médico, sejam considerados de urgência ou emergência.
Primeiramente, houve restrição nos procedimentos com demanda de terapia intensiva no pós-operatório. Em um segundo momento, foi liberado o procedimento em hospitais privados que não constavam do plano de atendimento à Covid-19. Depois, com o agravamento da pandemia, o Estado suspendeu as cirurgias eletivas em toda a rede pública e privada. Foto: José Fernando Ogura/AEN
A Secretaria da Saúde do Paraná divulgou, nesta quarta-feira (23), o boletim quinzenal da febre amarela com o registro de três macacos mortos (epizootias) confirmadas nos municípios Cruz Machado, Honório Serpa e Palmas.
“Apesar de não termos casos de febre amarela em humanos, estamos em alerta para a circulação do vírus em função das mortes de macacos confirmadas. Estes animais não transmitem a doença; da mesma forma que o homem eles são contaminados. Por isso os macacos são considerados sentinelas e sinalizadores da presença do vírus”, afirmou o secretário da Saúde do Paraná, Beto Preto.
A Secretaria da Saúde recomenda à população a vacinação contra a febre amarela. A vacina está disponível em toda a rede de saúde pública e quem tem entre 9 meses de idade e 59 anos e nunca tomou uma dose deve se vacinar.
Os sintomas iniciais da febre amarela são: febre de início súbito e duração de até sete dias, associada a dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômito, dor no corpo e dor abdominal. Esses sintomas se confundem com outras doenças como leptospirose, gripe ou dengue.
A febre amarela pode ter evolução rápida, em cerca de 10 % dos casos, para formas graves com icterícia (amarelão da pele), dor abdominal intensa, sangramentos e falência renal.
O governador Carlos Moisés lançou ontem (16), o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19 em Santa Catarina. O trabalho de imunização da população catarinense ocorrerá em consonância com o Governo Federal e os municípios e pretende vacinar 2,8 milhões de pessoas dos grupos prioritários em um primeiro momento.
O chefe do Executivo estadual acompanhou, em Brasília, o lançamento do Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde e garantiu que todos os esforços serão realizados para que a vacinação ocorra da maneira mais célere possível.
Segundo o cronograma do Governo do Estado, a vacinação dos grupos prioritários será em quatro fases, assim como orienta o Ministério da Saúde. A primeira fase consiste na imunização dos trabalhadores da saúde, idosos acima de 75 anos, pessoas com mais de 60 anos que moram em instituições de longa permanência e a população indígena. Na segunda fase, o foco serão as pessoas com idade entre 60 e 74 anos.
Acesse aqui o Plano Estadual de Vacinação contra a Covid-19 na íntegra
A terceira fase vacinará os que apresentam comorbidades (diabetes, doença renal, doença respiratória crônica, câncer, hipertensão, doenças cardiovasculares e cerebrovasculares, indivíduos que receberam transplante de órgãos, anemia falciforme e obesidade grave). Por fim, na quarta fase, serão professores, profissionais da Segurança Pública, do sistema prisional e de salvamento. Somados, esses grupos representam 2,8 milhões de pessoas. Foto: Peterson Paul / Secom
Prorrogado por mais seis meses o prazo de vigência do Decreto Estadual 4.319, publicado em março, que declarou estado de calamidade pública para enfrentamento e resposta à pandemia do novo coronavírus que terminaria no dia 31 de dezembro. Ontem (15) foi encaminhado à Assembleia Legislativa o decreto 6.543, que trata da prorrogação, para que seja homologado pelos deputados.
O instrumento jurídico chamado de Estado de Calamidade Pública flexibiliza questões orçamentárias e administrativas para assegurar os recursos necessários para áreas prioritárias como a Saúde. Dessa forma, investimentos previstos no orçamento para outras áreas podem ser redirecionados para fazer frente à crise sanitária, econômica e social decorrente da pandemia, sem ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal.
A prorrogação também permite a continuidade de diversos contratos emergenciais firmados, principalmente, pela Secretaria da Saúde, para viabilizar medidas de prevenção e enfrentamento da pandemia, que teriam de ser encerrados com o fim da vigência do estado de calamidade pública.
Ontem, foi registrado um acumulado de 336.825 casos confirmados e 6.859 óbitos, desde o início da pandemia. Nas últimas 24 horas foram confirmados mais 2.458 casos e 116 mortes pelo coronavírus.
De acordo com monitoramento feito pela Secretaria da Saúde, a média móvel de casos e de óbitos em todas as regiões do Estado encontra-se em patamares muito elevados, evidenciando a aceleração da circulação viral.
O decreto estadual entra em vigor assim que for aprovado pela Assembleia Legislativa
O secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, e a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Raquel Ribeiro Bittencourt, participaram de reuniões para tratar da vacinação contra a Covid-19 para Santa Catarina. Foram realizadas conversas com representantes do laboratório Sinovac, de origem chinesa, e com representantes do Instituto Nacional para Doenças Infecciosas Lazzaro Spallanzani, de Roma (Itália).
Raquel Bittencourt afirmou que está sendo avaliada a possibilidade de importação da vacina chinesa diretamente do fabricante, por parte do Governo do Estado. “É uma possibilidade que pode ser avaliada pelo fato de oferecerem volume suficiente para a vacinação de boa parte da população catarinense”, destacou. “Solicitamos mais informações técnicas sobre o produto mas, de qualquer forma, é necessário aguardar a sua aprovação pela Anvisa”.
Já sobre a vacina italiana, Raquel afirmou que foi oferecida a possibilidade de Santa Catarina participar dos testes da fase 3 do produto, por meio de uma parceria com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Recebemos representantes da Câmara de Comércio Brasil-Itália, em reunião intermediada pelo deputado Ismael dos Santos e numa iniciativa em conjunto com a Comissão de Saúde da Alesc, para que os testes possam ser viabilizados aqui. Um fato positivo da vacina italiana é a possibilidade de transferência de tecnologia”, disse. “Também solicitamos mais informações técnicas e iremos realizar uma nova reunião, com a presença de representantes da UFSC, para que possamos analisar novos elementos”.
O secretário André Motta Ribeiro destacou que o Estado segue alinhado com o Plano Nacional de Imunização do Governo Federal, acrescentando que o plano de vacinação de Santa Catarina está finalizado e deve ser divulgado até a próxima quarta-feira, 16. Ele ainda ressaltou que o Governo do Estado e a SES avaliam vários cenários, incluindo a possibilidade de aquisição de vacinas de forma direta, em caso de necessidade. Foto: Divulgação / SES.
Há nove meses os primeiros casos de Covid-19 foram confirmados no Paraná. Sábado (12) é a data que fecha este período dos primeiros registros no Estado, quando foram divulgados seis casos. O coronavírus chegou e com ele a incerteza de qual seria a evolução da doença, se viveríamos a mesma realidade de outras partes do mundo que havíamos acompanhado como espectadores.
Os casos cresceram gradativamente e o pico teria ocorrido supostamente em agosto, com estabilidade dos casos nos meses que se seguiram. Entretanto, o relaxamento de medidas de prevenção, como o isolamento social, resultou em uma curva ascendente e preocupante. Somente em novembro e nos 11 primeiros dias de dezembro – até esta sexta-feira (11) – o número de casos é maior do que o acumulado nos primeiros cinco meses da pandemia no Estado.
Foram 98.329 diagnósticos em 41 dias, quase um terço do total (30,7%) de todo o período, que somou 320.088 diagnósticos positivos até a sexta-feira (11). Neste mesmo recorte, em relação aos óbitos, ocorreram 1.169, representando pouco mais de um sexto (17,7%) do total de 6.575.
O Governo do Estado publicou decretos, resoluções, notas técnicas e orientações a fim de evitar a transmissão do coronavírus. “O Paraná enfrenta o maior desafio da história. O País e todo o mundo estão na mesma situação. Precisamos que todos colaborem para que possamos dar suporte médico e hospitalar a todos que precisem. Não gostaríamos de ver em nosso território situações vividas por outros locais pela falta de leitos”, reitera Beto Preto, secretário estadual da Saúde.