Coreia do Norte lança mísseis balísticos e alerta: o Pacífico será "campo de tiro"
A Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos em sua costa leste, disseram os militares da Coreia do Sul nesta segunda-feira (20), enquanto a poderosa irmã do líder Kim Jong-un alertou que o Estado isolado e com armas nucleares pode transformar o Pacífico em um "campo de tiro". Os lançamentos ocorrem apenas dois dias depois que a Coreia do Norte disparou um m balístico intercontinental.
A mídia estatal da Coreia do Norte confirmou que disparou dois projéteis de um lançador de foguetes, visando alvos a 395 km e 337 km de distância. "O lançador de foguetes múltiplos de 600 mm mobilizado no disparo... é um meio de arma nuclear tática", capaz de paralisar um aeródromo inimigo, disse a agência de notícias estatal KCNA. O Ministério da Defesa do Japão disse que os dois mísseis, disparados por volta das 19h, horário local, atingiram uma altitude máxima de cerca de 100 km e 50 km, percorrendo cerca de 350 km a 400 km antes de cair fora da zona econômica exclusiva do Japão. Não houve relatos de danos a aeronaves ou embarcações. O ministério japonês disse que continuará coletando e analisando informações em estreita cooperação com os EUA. "A série de ações da Coreia do Norte, incluindo seus repetidos lançamentos de mísseis balísticos, ameaçam a paz e a segurança do Japão, da região e da comunidade internacional", afirmou. "O Japão apresentou um forte protesto e condenou vigorosamente a Coreia do Norte."
A irmã do líder norte-coreano Kim, Kim Yo-jong, alertou contra o aumento da presença de ativos estratégicos dos EUA na península coreana depois que os EUA realizaram exercícios aéreos conjuntos com a Coréia do Sul e depois com o Japão no domingo. "Estamos examinando cuidadosamente a influência que isso exerceria na segurança de nosso estado", disse Kim. "A frequência de uso do Pacífico como nosso campo de tiro depende do caráter de ação das forças dos EUA." Ela negou a avaliação de especialistas sobre as capacidades de mísseis da Coreia do Norte, depois que alguns disseram que levou mais de nove horas para o lançamento "súbito" do míssil ocorrer após uma ordem de Kim. "Possuímos tecnologia e capacidade satisfatórias e agora nos concentraremos em aumentar a quantidade de sua força", disse ela. O lançamento do míssil de segunda-feira é o terceiro maior teste de armas da Coreia do Norte neste ano, depois que Pyongyang ameaçou uma resposta "forte e persistente sem precedentes", enquanto a Coreia do Sul e os Estados Unidos se preparam para seus exercícios militares anuais.
