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Debatendo segurança e educação, comunidade do Jangada acredita em reabertura de escola isolada


Comunidade esteve reunida debatendo situações importantes para o cotidiano em Jangada do Sul


Por Marcelo Storck – DRT 8108 A comunidade de Jangada do Sul, interior de Porto União, localizada às margens do rio de mesmo nome e que define o limite com município de General Carneiro (PR), promoveu reunião na noite de ontem (15/02) para tratar de assuntos coletivos diversos.


O encontro serviu para debater e unificar ideias e apresentá-las ao prefeito Eliseu Mibach (PSDB) em reunião prevista para a próxima semana. Representando os moradores, a professora Joelma Nakalski conduziu o debate que iniciou pautando as questões de segurança da região.

Conforme o A2 Portal publicou ontem (leia aqui), ocorrências policiais são uma constante preocupação, principalmente nas madrugadas. Desse modo, além de solicitar o resgate de um projeto municipal para a instalação de câmeras de segurança - anunciado há três anos -, a comunidade promoverá ação para arrecadar fundos e adquirir câmeras de segurança que gravam em cartões de memória. E, quando possível, espera poder adicionar o sistema de segurança do município.


Nisto, a Polícia Militar, representada pelo Cb PM Tonkio, responsável pela Rede Rural (no detalhe), explicou que as rondas ostensivas são feitas, mas destacou a imensidão da região.


Ainda assim, afirmou que levará ao comando o pedido comunitário para intensificá-las diante das condições existentes.


Em contrapartida, pediu que a comunidade tome parte do programa Rede de Vizinhos da PMSC que tem colhido bons resultados no combate à criminalidade.

Trata-se de uma estratégia de policiamento em que uma rede organizada entre comunidade e Polícia Militar reúne vizinhos de uma determinada localidade para atuarem em cooperação e aumentar a vigilância natural a fim de prevenir e restaurar problemas de ordem pública. Segundo Tonkio, nem todos moradores do Jangada aderiram ao programa. Ainda, a comunidade estudará solicitar a instalação de um Posto da Cidasc na entrada da estrada geral.


“É um assunto importantíssimo e merece a nossa atenção”, disse Joelma ao A2.

Transporte escolar

Jung, Joelma e Fernando atuaram na exposição dos temas e condução dos debates.


Outro assunto pautado e muito discutido foi com relação ao transporte escolar. Desde que a escola isolada do Jangada foi fechada pela prefeitura em 2018, os alunos da região tiveram três saídas: estudar na escola do Legru , também no interior de Porto União [a 29 km], (o que alguns fazem), ou na Escola Estadual Nilo Peçanha, no bairro Vice King [33km] para aqueles dos 6º aos 9º anos. Ou, ainda, em General Carneiro (PR). A maioria – hoje 26 crianças - optou por esta terceira opção, haja vista a proximidade geográfica com o vizinho município vizinho: 10 km.


No entanto, isso gerou um impasse com a locomoção dentro do território de Porto União, uma vez que o transporte escolar gratuito garantido em lei passou a ser responsabilidade do município paranaense.


“É a matrícula escolar que define a aplicação dos recursos em transporte, o que inclui o até seguro. Isso tem sido feito” destacou Alceu Jung, secretário municipal de agricultura que representou o executivo no encontro. Porém, por força de lei, esse transporte só ocorre entre General Carneiro e a ponte sobre o rio Jangada, na BR 153, divisa dos Estados.


“Isso tem causado muitos transtornos. A maioria dos pais precisa parar o trabalho na propriedade para levar os filhos até a ponte. Gostaríamos de uma solução para o recolhimento e devolução de nossas crianças em solo porto-unionense”, disse Dione Chass.

Já Sueli Sloboda falou que esse problema refletiu, em 2002, na reprovação do seu filho, Daniel Sloboda, de 17 anos. “Ele reprovou por falta, pois nem sempre conseguimos levar ele ao ponto de embarque: são 7km de distância e a pé fica difícil. Agora vai refazer o segundo ano”, afirmou.


Mas há, de acordo com a comunidade, crianças que cumprem o trajeto mesmo a pé. O que em dias chuvosos como o de hoje (15/02) - foto no detalhe – fica mais difícil.


“É que nem todos possuem carros. Mas não só isso: a questão estrutural é a de poder largar o serviço em tempo de ir levar e buscar”, completou Chass.

Representando a Secretaria de Educação na reunião, Fernando Repukna, motorista da secretaria, disse que o que está em lei tem sido cumprido.


“São questões legais que precisam ser observadas. As crianças estão matriculadas no Paraná e é por lá que o transporte é viabilizado, mas não pode ser feito em território catarinense. Aqui seria para o Legru”, destacou.

A comunidade deliberou que tentará encontrar junto à prefeitura um meio de solucionar o transporte coletivo em solo catarinense.


Reabertura de escola

Outra decisão tomada foi solicitar oficialmente a reabertura da escola isolada do Jangada. “Iam fechar [a escola] em 2017. A gente se uniu, posicionou e conseguiu manter. Mas, infelizmente, em 2018, ela foi fechada para os 17 alunos matriculados. Porém, hoje são 26 alunos. E de 1 a 6 são anos são outras 15 crianças. Penso que podemos chegar ao entendimento pela reabertura. Por isso vamos aguardar a reunião com o prefeito”, defendeu Joelma.


Desde 2018, a escola do Jangada permanece fechada. A comunidade realiza a manutenção do espaço.

Portal está autorizado Fernando ainda anunciou que o prefeito Eliseu Mibach autorizou o material para a construção do portal do Jangada, bastando que a comunidade disponibilize pelo menos três carpinteiros ou pedreiros.


“Mas precisam saber ler plantas arquitetônicas”, destacou. Segundo ele, a dificuldade está em encontrar empresa que dispute a licitação. “Como o valor não é alto e a distância é grande, não tem aparecido interessados”, pontuou.

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