Governo Lula estima redução do PIB em 2023 e vê novo estouro da meta de inflação

O Ministério da Fazenda, lideradao por fernando Haddad, estimou nesta sexta-feira (17) um crescimento de 1,61% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023 conforme o Boletim Macrofiscal, divulgado pela Secretaria de Política Econômica.
Essa é a primeira previsão do PIB de 2023 divulgada pela nova equipe econômica, do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e representa desaceleração frente ao ano de 2022, no governo Jair Bolsonaro, quando a economia registrou uma alta de 2,9%.
De acordo com o governo Lula, a desaceleração da economia neste ano está relacionada, entre outros fatores, com os "efeitos contracionistas da política monetária [alta dos juros pelo Banco Central para combater a inflação] sobre o ciclo econômico e sobre o mercado de crédito".
O Ministério também informou que a desaceleração deve ocorrer tanto no setor de serviços quando na indústria, e também citou o alto nível de endividamento como razão para a alta menor do PIB.
"O elevado endividamento e comprometimento de renda da população deve afetar o ritmo das atividades no setor de serviços, apesar das medidas de proteção social previstas (elevação real do salário-mínimo, maior faixa de isenção de IR e os novos programas Bolsa Família, e Desenrola)", acrescentou.
O Ministério da Fazenda também estimou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2023 somará 5,31%. Para este ano, a meta central de inflação foi fixada em 3,25% pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e será considerada formalmente cumprida se oscilar entre 1,75% e 4,75%.