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Iguaçu: do sonho ao pesadelo numa noite de contestações em Toledo

Por Marcelo Storck Jornalista - DRT 8108


Diante de um público de 158 pessoas (arrecadação de R$ 2.340), Toledo e Iguaçu - e arbitragem - se enfrentaram na noite desta quarta-feira (20) pela terceira rodada do campeonato paranaense da 2ª divisão 2022. A partida em Toledo (PR) teve dois tempos bastante diferentes.


A primeira etapa foi da forma com a qual todo torcedor do Iguaçu sonhou. Depois dos tradicionais minutos iniciais de estudos, quando o jogo foi de respeito mútuo entre as equipes, os donos da casa tiveram a primeira oportunidade aos 13min, com bola cruzada da direita, mas a finalização falhou. Eles repetiram a estratégia, cruzamento da direita – mesmo com um primeiro tempo irretocável do lateral Douglas – mas a bola foi cabeceada para fora.

A resposta do Iguaçu foi linda demais. Aos 15min com uma obra prima do meia Vinicus Leite e sua canhota de ouro. João Paulo cobrou tiro de meta, a bola sobrou para Vina que pegou rebote, chapelou a zaga e de fora da área acertou um chute no ângulo esquerdo do goleiro Igor.

Aos 23min, Lika (8) ia em direção ao gol num contra-ataque, mas o bandeira João Vinicius Ribeiro deu impedimento. Tome nota disso: por reclamação, Lika estreou a longa fila daqueles que receberam cartões. Até o banco do Toledo recebeu dois amarelos na primeira etapa. O time da casa tentou aos 27min com cruzamento de Porto pela esquerda, mas não houve finalização.

Segundo tempo

Na segunda etapa, os donos da casa mudaram. Revson entrou lugar de Jhonatan e o Toledo veio para cima para recuperar o controle do jogo. Logo ao 1min de jogo o Toledo empatou. Bola cruzada pela esquerda atravessou toda área e foi empurrada por Coutinho para as redes. 1 a 1.


Mas o Iguaçu continuava valente. Aos 10min Filder recebeu de Vina e chutou forte para boa defesa de Igor que quase deu rebote para Rodrigo Jesus. O Toledo respondeu da mesma forma: aos 17min, Cleubinho, num chute forte, mas com excelente defesa do goleiro João Paulo.


Sonho vira pesadelo Muito valente, o Iguaçu continuou em cima tentando o segundo. Bola roubada aos 20min e Vinicius conduziu. Passe na cabeça da área, mas a zaga bloqueou. Porém, o lance seguinte transformaria o sonho iguaçuano em pesadelo. E da pior forma que um torcedor pode imaginar, numa noite de reclamações com o trio de arbitragem de Irati (PR). Se no primeiro tempo quem reclamava era o Toledo, no segundo foi a vez do Iguaçu.

Num lance muito parecido e por isso reclamado pelo Iguaçu, no mesmo local em que Lika teve aquele impedimento assinalado no primeiro tempo (você anotou como te pedi, né?), desta vez não: o Toledo teve permissão da arbitragem para avançar. Restou a Jô agarrar o atacante que ia em direção ao gol do Iguaçu. Foi expulso por José Maria Molinari Filho. “Tinha que fazer” disse Jô à transmissão da TV Toledo WebAGora. Na cobrança, forte batida de Revson, jogador que mudou a meia cancha do Toledo para melhor. A bola tirou tinta da trave esquerda de João Paulo.


Pode piorar? Se pode! Aos 25min, Vitinho fez falta na meia cancha. O jogador do Toledo ficou caído e o árbitro Jose Maria Molinari Filho, informado pelo auxiliar Gustavo Kucharski, expulsou Lika (direto) do Iguaçu. De acordo com o quarto árbitro, Lika teria pisado sobre o atleta caído.

Desta vez a transmissão ouviu Lika, que desabafou: “Ele [o árbitro] está matando nosso trabalho, invertendo tudo”.

O festival de cartões seguiu. Aos 29min amarelo para o lateral Douglas do Iguaçu que fez excepcional partida anulando a maioria das ações por aquele setor. Aliás, dedicação define o time do Iguaçu este ano.

Mesmo com dois a menos em campo, aos 39min, quando trazia um pontinho de fora de casa, Douglas recebeu passe de Vitinho (que entrara no lugar de Rodrigo Jesus) e chutou forte pela esquerda da área, mas a bola subiu um pouco além do esperado. O Toledo respondeu com Assuério, as 39min, que chutou forte canto direito para mais uma boa defesa de João Paulo.

Pode piorar? Pode...


Aos 43min, lance de queda de toledano na área do Iguaçu em que o árbitro marcou tiro de meta. Mas o bandeira João Vinicius Ribeiro deu pênalti, afirmando que houve puxão na camisa. O árbitro seguiu a marcação “do seu VAR” e marcou o pênalti. Abusado, Marquinhos deu cavadinha e virou para o Toledo. 2 a 1.

Pararam os cartões? Nada. Depois desse lance, o Auxiliar Técnico do Iguaçu, Luis Tosta, foi expulso.

Pode piorar? ... Bah. Num, lance de bola lançada por Revson, aos 50min, o jogador Porto recebeu em posição duvidosa, matou a bola (no que os jogadores do Iguaçu reclamaram toque no braço) e fuzilou João Paulo dando números finais: Toledo 3 a 1 Iguaçu.

Pode melhorar? Pode! Apesar da derrota, os outros resultados foram favoráveis e a classificação deu uma embolada.

Destaque para a vitória do Aruko sobre o Foz (3 a 2), bem como o Verê que venceu fora de casa o Prudentópolis (2 a 0). Aliás, o Prude é o próximo adversário do Iguaçu. Domingo (24) , às 15h30 no Antiocho Pereira, o Iguaçu – mesmo com alguns desfalques – volta a atuar. Um time e uma torcida mordidos por uma quarta-feira de situações contestáveis, juntos, podem voltar a sonhar e dar o troco onde se deve: com mais uma bela exibição em campo.






Classificação




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