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Iguaçu fica líder por 25 segundos até voltar para "a zona da tensão" da segundona 2022


Alegria do golaço de Andrei durou 25 segundos. Uma pena só ter eternizado nesta bela foto do Rafael.


Marcelo Storck - Jornalista DRT 8108 Fotos Rafael Buchholz / Iguaçu


“Coisas da Futebol”. Até tinha um quadro de programa de TV chamado “Inacreditável Futebol Clube”. Mas ontem (11), o Iguaçu conseguiu a façanha de ficar vitorioso diante do Foz e na ponta da tabela da competição por 25 segundos. Ô vida.


O Jogo Uma tarde de quarta-feira em que até excelente público foi ao Estádio Antiocho Pereira: aproximadamente 850 torcedores. Não é qualquer time que tem isso hoje em dia e em tarde de dia de semana. E a Pantera do Vale mais uma vez correspondeu com bom futebol, apesar de que nos 5min iniciais houve muito estudo e o Foz tenha chegado primeiro em bola que João Paulo praticou boa defesa. O Iguaçu equilibrou e as duas equipes se mostravam interessadas em abrir.

Aos 10min quase o Foz marcou num rebote, mas João Paulo estava lá de novo. Jogo jogado, bom para o quarteto fantástico de nossa excelente meiuca: Val, Dalloca, Lika e Vinicius.

A bola começou a correr solta para o Iguaçu que só não evoluiu para situações mais agudas porque a arbitragem liderada por Luiz Alexandre Fernandes era daquelas que segura tudo. "Um centímetro pro lado, por favor". E pelo menos três inversões ocorreram, mas, apito é fruto de interpretação. Eis a minha.

Segue o jogo: coisas do futebol, tal qual o lance em que o Iguaçu assustou aos 15min com excelente jogada pela esquerda entre Andrei que serviu depois da passagem de Gean e o lateral cruzou para arremate de Jesus.


Depois, finalmente, aos 28min, o momento mágico do futebol: linda bola enfiada no costado da zaga pelo 100% Vinícius. Andrei recebeu, com extrema habilidade driblou o goleiro e voilá! Iguaçu na rede: golaço! 1 a 0.

Tudo parecia se encaminhar para a realização do sonho. Virou pesadelo em 25 segundos! Bastou o Foz cobrar o pontapé central, bola na esquerda, um cruzamento em direção às estrelas que passou toda grande área até cair na cabeça de Pedro Igor (19) na entrada da pequena área.

O torcedor estava terminando de gritar o tradicional terceiro e último “I-gua-çuzão” quando viu o atacante cabecear para o chão. A bola retornou aos céus como quem não queria nada, mas encobriu João Paulo e pronto. Pareceu uma cesta de basquete, não um gol. Iguaçu 1, Foz 1.

Dá para acreditar? Torcedor que ainda estava em pé comemorando, sentou e calou. Teve até quem chorou.

Mas eu avisei aqui no A2: precisaríamos de maracujá para todos iguaçuanos (do médio Iguaçu e sua foz).

Também foi avisado aqui – e com certeza no gramado – que a Pantera do Vale não poderia desperdiçar oportunidades e que “não falássemos de pontos”, mas de “um único gol”. Lembram disso? Olha ele aí.

Esse gol do Foz, aproveitando minha analogia à água na crônica de preparação para a partida de ontem, foi um “balde de água fria”. O Iguaçu sentiu duramente o golpe. E as ações voltaram para aquela situação de respeito mútuo e equilíbrio até o final da etapa inicial.

Segundo tempo O vestiário fez bem aos atletas do Iguaçu. Time voltou em cima, disposto a liquidar a fatura.

Lindo lance entre Andrei que fez pivô, serviu a Rodrigo de Jesus de calcanhar, mas a zaga frustrou a grande jogada.


Lika, em mais um lance aguerrido


E por falar em grande. Lika era dono das principais ações. Estava em 220v. Com uma determinação surpreendente, vinha para a extrema direita e criava jogadas importantes, fazendo o Foz encolher. O gol estava amadurecendo, era perceptível até para o pipoqueiro que aqueceu a panela para reforçar o estoque. Mas... (no Iguaçu parece que sempre tem que ter “um mas” ou “um se”): aos 7min Dudu Sales Sacou Dalloca que como todo time vinha muito bem na partida e colocou Isidoro. Jogadores de características distintas, levou um tempo para o ajuste. Porém, 4min depois, outra alteração: Dudu tirou Lika (22) e entrou com Vitinho (18). Não entendi. Mas isso é visão de fora que alguns até consideram "opinião de leigo", e se meus 35 anos como cronista de futebol não me permitem opinar, apelo para o direito de torcedor. Fato é que ninguém como o técnico e a comissão sabem mais do real momento e as intenções, com certeza são as melhores. Ademais, nenhum jogador gosta de sair, tampouco ninguém gosta de "empatar". Tanto que o time está aí, com nunca antes esteve na classificação, em terceiro na última rodada. Porém, voltando ao jogo de ontem, desta vez as alterações não surtiram o desejado. Aliás, todos bons jogadores, é verdade. Plantel de nível técnico semelhante, mas é certo que o Iguaçu ficou “igual em determinação”, porém tática e coletivamente mudou para menos, principalmente porque o tempo passava rapidamente e a coisa não ajustou no "plano B".

Até teve um excelente lance cruzado da direita para a esquerda que passou por toda pequena área. Pena: não apareceu um pezinho para empurrar. Mais tempo para os ajustes, menos tempo para resolver, e os jogadores que permaneceram passaram a sentir a entrega fisicamente. As jogadas coletivas, aquelas que encheram nossos olhos de beleza e a alma de esperança, deram espaço para tentativas individuais crescentemente mais afobadas num cenário que, tal qual o cair da tarde, cada vez mais frio e silencioso no Antiocho. Mesmo com tanta gente querendo que dê certo.

Aos 36min Vitinho foi para a esquerda e Andrei (que havia sentido já no primeiro tempo diante de seu esforço) deu lugar a Filder. Também não resultou em forma de superação do bloqueio do Foz e o Iguaçu até cedeu contragolpes perigosos. No último giro do ponteiro, nos acréscimos, o Iguaçu teve ainda uma oportunidade pela esquerda, com cruzamento de Vinícius que parou no goleiro. Final 1 a 1.

Olhar adiante


Como sempre não faltou entrega para o Iguaçu. Dá gosto ver com que determinação esses profissionais atuam em campo. Tudo perdido? Nada! Time manterá união em busca da classificação. Mas, claro, agora, precisa também daquela outra coisa: da matemática do futebol. Na última rodada da classificação, o Iguaçu (em terceiro com 13 pontos) vai a Verê (com 7 pontos). Depende só dele. Se ganhar, estará quadrangular final. Aí, minha gente, segura!

Já o Verê (que ontem ganhava do PSTC até os 42min do jogo noturno, mas cedeu empate) poderá estar mais ativo, pois ainda tem uma mínima chance matemática de escapar do rebaixamento. Esta dependerá de saldos e de uma derrota do Toledo, em casa, para o líder Arukô. Ou seja. Muita emoção, de novo, para o domingo (15). E que não vá tudo por água abaixo nesta competição equilibrada em que os detalhes mais uma vez colocam o Iguaçu às portas do G4, mas ainda “na zona da pressão”. Desculpem os torcedores de outros times, mas o Iguaçu merece melhor sorte faz tempo. E como futebol tem de tudo, uma coincidência para reforçar nossa esperança: foi de lá de Verê, da Vila do Mar, que o Iguaçu trouxe o caneco da terceira em 2020 com gol de Vinícius. Que assim seja para o domingo. Dá para acreditar sim!

SUB 20 Neste sábado (14) o Iguaçu entra em campo na estreia do paranaense Sub20. Recebe o Batel de Guarapuava. Portões abertos, não haverá cobrança de ingressos. Jogo às 15h no Antiocho Pereira.


Classificação

Próxima rodada


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