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Pista da BR 476 é novamente bloqueada após discurso de Jair Bolsonaro

Atualizado: 3 de nov. de 2022


O momento de lavação da pista teve indisposição entre militares e manifestantes - Foto A2

O bloqueio na BR 476 no entrocamento com a BR 153 em União da Vitória (PR) - no "Posto do Mallon" - foi desmontado instantes antes do discurso do Presidente Jair Bolsonaro (PL) em rede nacional na tarde desta terça-feira (1).


Com as presenças da PRF, Polícias Rodoviária e Militar do Paraná e do Corpo de Bombeiros de União da Vitória, o trânsito que estava fechado desde as primeiras horas da segunda-feira (31 de outubro) passou a ser escoado por ordem da Justiça Federal. Mas não demorou muito. Às 18h50 os manifestantes reiniciaram o bloqueio que também ocorre em São Mateus do Sul, na mesma rodovia.


Bloqueio foi refeito há pouco. Reprodução vídeo WhatsApp

Em União da Vitória, a manifestação transcorreu de modo pacífico praticamente em sua totalidade. Houve, na verdade, um desentendimento pontual no momento da lavação da pista. Populares que estavam no estacionamento do posto Mallon reclamaram do direcionamento do jato de água utilizado pelos bombeiros, alegando (como de fato ocorreu depois da confusão) que poderia ter sido direcionado para o outro lado da pista, onde não havia concentração popular.


Imagens de celulares registraram esse momento de maior tensão e até foram exibidas em rede nacional pela Rede Bandeirantes. Mas não passou disso. Militares, inclusive do Batalhão de Choque de Curitiba, e população mantiveram cordial comportamento durante o evento que passou a ser dissipado logo após a fala do Presidente da República. Entrelinhas O discursos de Bolsonaro, na íntegra:


"Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são fruto de indignação e sentimento de injustiça de como se deu o processo eleitoral.


As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas, mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda, que sempre prejudicaram a população, como invasão de propriedades, destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir.


A direita surgiu de verdade em nosso país. Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores: Deus, pátria, família e liberdade.


Formamos diversas lideranças pelo Brasil. Nossos sonhos seguem mais vivos do que nunca. Somos pela ordem e pelo progresso. Mesmo enfrentando todo o sistema, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra.


Sempre fui rotulado como antidemocrático e, ao contrário dos meus acusadores, sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição. Nunca falei em controlar ou censurar a mídia e as redes sociais.


Enquanto presidente da República e cidadão, continuarei cumprindo todos os mandamentos da nossa Constituição.


É uma honra ser o líder de milhões de brasileiros que, como eu, defendem a liberdade econômica, a liberdade religiosa, a liberdade de opinião, a honestidade e as cores verde-amarela da nossa bandeira.


Muito obrigado".


Logo após sua fala, líderes do movimento que reuniu milhares de pessoas em União da Vitória disseram interpretar as entrelinhas da fala do Presidente e decidiram - a exemplo de outras regiões do país - por continuar com as manifestações, mantendo grupos de manifestantes no local e com agenda para esta quarta-feira (2) diante do 5º Batalhão de Engenharia e Combate Blindado em consonância com outras regiões do Brasil que possuem aquartelamentos do Exército Brasileiro.


Mais que caminhoneiros

O movimento que iniciou em União da Vitória com a paralisação de caminhoneiros logo recebeu adesão de populares de Porto União (SC) e União da Vitória. Esse movimento , que levou apoio aos motoristas (inclusive com alimentação), cresceu a ponto de motivar participação de empresários das Gêmeas do Iguaçu.

Representantes de mais de 30 empresas se reuniram e decidiram paralisar atividades no período da tarde.


Até o prefeito de Porto União, Eliseu Mibach, ao lado de vereadores do município de Porto União tomou parte pessoalmente da manifestação. "Uma pena termos que passar por tudo isso, justamente num momento em que o Brasil estava retomando sua rota do crescimento econômico, da seriedade governamental e dos valores familiares", disse Mibach ao A2.


O vereador Neilor Grabovski resumiu em uma palavra seu sentimento. "É uma mistura de indignação e ansiedade, preocupação pelo nosso futuro. Coisa que eu resumo com uma palavra só: medo".

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